domingo, 22 de junho de 2008

TEATRO do BOM - AS VIVANDEIRAS

ACPT
As Vivandeiras
Texto: Alceu A. Sperança
Direção: Wanderlei dos Anjos
A Companhia
A ACPT Associação Centro de Pesquisa Teatral, existe desde 1993, antes fora o Grupo de Teatro Centro de Pesquisa Teatral (CPT), que para se tornar mais representativo e consolidar a característica abrangente do teatro, como força motriz das mudanças na sociedade, tornou-se uma Associação no ano de 2001. Desde 1993 tem realizado oficinas e cursos com técnicos de teatro do Paraná e do Brasil, para o aperfeiçoamento dos seus integrantes, bem como de todos que tiverem o interesse em instruir-se à cerca das técnicas e estilos teatrais de vanguarda, bem como das formas clássicas e consagradas de interpretação.
Como resultado dos incessantes trabalhos de aperfeiçoamento do seu elenco, foram montados três espetáculos adultos, sendo o primeiro "O OSSO" de Birago Diop em 1993 marcando início das atividades do Grupo de Teatro, o segundo "A PAIXÃO DE OSCAR WILDE" de Murilo Dias Cezar em 1993, espetáculo que mostrava a vida e obra de Oscar Wilde, sua genialidade e a forma discriminatória e opressora com que foi tratado por conta de suas opções de vida, o espetáculo obteve 17 prêmios em quatro festivais a nível nacional, o terceiro "WOYZECK" de Georg Büchner, em 1995, que mostrava o massacre psicológico imposto pelo sistema sobre o homem comum, levando-o a perder o sentido da realidade, mergulhando no seu conflito existencial, culminando com a prática de um crime impulsivo. Woyzeck arrebatou 09 prêmios nos festivais que participou.
"JOÃO E MARIA" dos Irmãos Grimm em 1999, um clássico da literatura mundial, foi a primeira experiência com teatro infantil, conquistando 10 prêmios em 3 festivais e abrindo um novo horizonte para a necessidade de se fazer cada vez, mais um trabalho fundamentado na questão pedagógica e social com a criança como público alvo.
"PLUFT O FANTASMINHA" de Maria Clara Machado em 2002, foi escolhido pela proximidade com o mundo infantil de lirismo e fantasia, onde é possível resolver todos os problemas sem a necessidade de artifícios nocivos, tendo conquistado 06 prêmios em um ano de temporada.
Nos trabalhos adultos a busca foi constante pela estética e a visão plena da arte como um todo. Mostrando sempre o lado agoniante da discriminação em suas formas mais hipócritas e escondidas da sociedade, pondo e discutindo com o homem o seu conflito existencial.
Nos trabalhos infantis a ACPT buscou a valorização dos laços familiares, dos conhecimentos herdados dos mais antigos, do amor e da amizade, como forma de consolidação do caráter. Transferindo para as crianças a experiência de que para haver crescimento é preciso enfrentar seus medos.
"AS VIVANDEIRAS" de Alceu A. Sperança, é um novo desafio para a ACPT, por se tratar de um Texto histórico e ao mesmo tempo ficcional, com uma carga política e social surpreendente. A genialidade com que o texto transcorre nos leva a querer cada vez mais estar inseridos no processo dessa montagem que é uma forma de resgate do folclore popular do Oeste do Paraná. Um espetáculo que tem a intenção de discutir conceitos, tradições, mostrar a verdade nua e crua dos fatos, sem medos e de forma instigante para o público.
O Diretor
Wanderlei Dos Anjos
DRT-12024-PR
Wanderlei dos Anjos entre outros trabalhos dirigiu: "O HOMEM DO PRINCÍPIO AO FIM" de Millôr Fernandes (1.986), "O OSSO" de Birago Diop (1.993), "A PAIXÃO DE OSCAR WILDE" de Murilo Dias César (1.993), "WOYZECK" de Georg Büchner (1.995), "JOÃO E MARIA" dos Irmãos Grimm (1.999) e "PLUFT O FANTASMINHA" de Maria Clara Machado (2.002).
Como autor e adaptador fez as seguintes obras: "CORPO E LIBERDADE" (1.988), "AS AVENTURAS DO SACI PERERÊ" (1.990), "CAPITÃES DO ASFALTO" (1.993), "ANJOS ESQUECIDOS" (1.996), "JOÃO E MARIA" (1.999), "ANTOLOGIA POÉTICA DOS 500 ANOS" (2.000)
O Autor
Alceu Aristides Sperança
Jornalista, Escritor, Historiador, Curitibano, Cascavelense, Alceu com seu brilhantismo tornou-se referência estadual no que diz respeito à história de Cascavel e região.
No texto "AS VIVANDEIRAS" Alceu expõe ora sutil, ora nitidamente suas idéias socialistas.
Com um senso de humor cáustico e venenoso, suas Vivandeiras passam o Espetáculo pisando naqueles que fizeram a história oficial, que pra elas é cheia de mentiras e contada aos olhos dos vencedores, desprezando e ignorando os vencidos.
Alceu coloca duas prostitutas como personagens principais da sua história, uma forma de trazer a tona a visão do anti-herói, do outro lado dos fatos e também mostrando outra das suas convicções, a certeza de que as mulheres serão num futuro próximo as dominadoras do poder.
Sua visão do mundo é a mais esperançosa possível e o trem que todos esperam durante o Espetáculo é a solução para os problemas globais, ou seja, o Socialismo.
O Elenco / Personagens
Miriane Scussiatto – Maria Anta
Elza Dolejal – Maria Mata
Marcos Maciel – Emílio Cerroni e Ênio Natele
André Dutra – Fernão Madruga e Inocente de Castilhos
Wellington Dallaqua – Kretã Porã
Lair Vieira Júnior – Antônio Gringo
Carlos Cardoso – Heinz Hesse
Douglas de Lima – Jacob Polaco
Equipe Técnica
Autor: Alceu Sperança
Diretor: Wanderlei dos Anjos
Concepção de Cenário: Simone Pontes e Wanderlei dos Anjos
Execução de Cenário: Nelson Josefi
Sonoplastia Original: Ricardo Denchuscki e Alexandre Fiúza
Figurino: Mariane Sguissard
Preparação Corporal e Coreografia: Rosane Gonçalves
Produção: Criart – Teatro e Moda

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